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01/08/2025

Ambev registra lucro líquido de R$ 2.790,6 milhões no 2T25

Alta de 13,8% ante o mesmo período em 2024, embora queda no volume de 8,9 % no Brasil no último trimestre do ano. Já o lucro líquido ajustado registra R$ 2.832,7 milhões, alta de 15,2% comparado ao período do ano passado.

A Ambev divulgou seus dados financeiros no dia 31de julho (quinta-feira), cujos dados mostram que o volume consolidado caiu 4,5% no segundo trimestre de 2025, impactado principalmente por indústrias mais fracas. O desempenho foi impactado por Brasil (6,5%, sendo -8,9% em Cerveja e +0,2% em NAB) e América Central e Caribe (“CAC”) (-4,4%), parcialmente compensado por crescimento na América Latina Sul (“LAS”) e no Canadá, onde volumes cresceram 2,9% e 0,8%, respectivamente.

Receita líquida (orgânica) — A performance da receita líquida foi impulsionada pelo crescimento de 8,4% da ROL/hl. A receita líquida cresceu na LAS2 (+23,3%), em NAB Brasil (+6,7%) e no Canadá (+2,9%), enquanto caiu em Cerveja Brasil (-3,5%) e na CAC (-1,3%) devido ao desempenho do volume.

Ebitda ajustado (orgânico) — O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, sigla em inglês) ajustado cresceu 7,6%, com todas as nossas unidades de negócios entregando crescimento de Ebitda. A margem bruta ficou estável e a margem Ebitda ajustado expandiu 110 pb, alcançando 30,6%, refletindo uma gestão eficaz de receita e iniciativas de custos.

Lucro líquido ajustado registra R$ 2.832,7 milhões — O lucro líquido ajustado cresceu 15,2% em relação aos R$ 2.459,1 milhões do segundo trimestre de 2024, impulsionado pelo crescimento do Ebitda e menor despesa com imposto de renda, parcialmente compensados por maior despesa financeira líquida.

Fluxo de caixa das atividades operacionais — O fluxo de caixa das atividades operacionais caiu 9,2% em comparação aos R$ 3.358,1 milhões do 2T24, principalmente devido à redução no contas a pagar, dada a queda de volumes no trimestre.

Alocação de capital: R$ 2.000,0 milhões de dividendos intermediários — Em 30 de julho de 2025, o Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos intermediários a serem pagos em outubro.

— A força das nossas marcas e a execução consistente da nossa estratégia impulsionaram o crescimento de um dígito alto do Ebitda ajustado com expansão de margem — disse Carlos Lisboa, CEO da Ambev.

— Nosso negócio entregou resultados financeiros sólidos no seis meses de 2025. A receita líquida continuou crescendo e o Ebitda ajustado cresceu dois dígitos, com expansão de margem. A demanda pelas nossas marcas se manteve resiliente, ao passo que tomamos decisões estratégicas na gestão de receita, que nos posicionam bem para o segundo semestre.

No primeiro semestre, nossa performance reflete o fortalecimento contínuo das nossas marcas, com a receita líquida crescendo 5,1%, suportada por nossa estratégia de gestão de receita e pela contínua premiumização . A margem bruta aumentou 80 pb e o Ebitda ajustado cresceu dois dígitos, com expansão de 160 pb de margem, enquanto o LPA Ajustado aumentou 6,5%. O fluxo de caixa das atividades operacionais também se manteve resiliente, crescendo 4,4%. No segundo trimestre, a execução disciplinada da nossa estratégia de crescimento — com foco no fortalecimento da gestão de receita e na alocação eficiente de recursos — nos posiciona bem para o futuro. Mesmo diante de indústrias mais fracas, especialmente devido às condições climáticas adversas em mercados-chave, nossa receita líquida permaneceu resiliente crescendo 3,4%, com a ROL/hl aumentando 8,4%. O Ebitda ajustado cresceu um dígito alto, com expansão de margem de 110 pb.

Liderar e expandir a categoria — Este trimestre reforçou nossa confiança na força e relevância das nossas marcas. A saúde de marca continuou evoluindo nos nossos principais mercados e sustentou escolhas estratégicas de gestão de receita que tomamos como líderes da categoria, uma vez que a resiliência das nossas marcas ajudou a compensar o impacto dessas escolhas na nossa participação de mercado ao longo da nossa operação. Nossas prioridades estratégicas seguiram entregando resultados em diversas frentes. As marcas premium e super premium cresceram volumes acima de 10% (low-teens), com expansão em sete dos nossos dez principais mercados. O portfólio de balanced choices (“escolhas equilibradas”), liderado por cervejas no-low, manteve seu forte desempenho, com crescimento de volume na casa dos 20% (low-twenties). Já no segmento core, os volumes caíram, refletindo a maior sensibilidade desse segmento a uma indústria mais fraca e às nossas decisões de gestão de receita. Seguimos investindo na ativação das nossas marcas por meio de megaplataformas, como o Mundial de Clubes da FIFA e Roland-Garros, fortalecendo ainda mais a saúde das nossas megabrands — que cresceram na maior parte dos nossos 10 principais mercados.

Digitalizar e monetizar nosso ecossistema — Nossa transformação digital continua desempenhando um papel central na expansão do nosso mercado endereçável e no fortalecimento do nosso core business por meio de melhores serviços para clientes e consumidores. Enquanto o GMV consolidado do BEES Marketplace seguiu crescendo — na casa dos 90% —, o BEES também vem possibilitando uma conexão mais profunda com os clientes, permitindo uma execução mais eficaz da nossa estratégia e uma melhor distribuição. Como resultado, no Brasil, o número de SKUs por ponto de venda aumentou 3,4% em relação ao ano passado. Em relação ao DTC, o Zé Delivery continuou contribuindo para a receita e fortalecendo nossa conexão com os consumidores. No segundo trimestre de 2025, o GMV cresceu 7% em relação ao ano passado, impulsionado por um aumento de 11% no valor médio por pedido, à medida que os consumidores passaram a escolher uma variedade maior — e mais premium — de produtos. O Zé Delivery vem se consolidando como uma plataforma importante para nos conectar com os amantes de cerveja e se tornou uma fonte relevante de insights sobre o consumidor. A partir de padrões de consumo e pesquisas, conseguimos identificar barreiras de compra e consumo e atuar sobre elas com nosso portfólio atual e novas ofertas — especialmente em nosso portfólio de balanced choices. Como resultado, o volume de cervejas sem álcool cresceu 55% e a Stella Pure Gold cresceu mais de 150% dentro da plataforma.

Otimizar nosso negócio — No trimestre, o CPV/hl excluindo depreciação e amortização aumentou 8,9%, impulsionado principalmente por pressão de câmbio e preços de commodities — em especial alumínio, enquanto continuamos buscando ganhos de eficiência em diversas frentes. Já o SG&A excluindo depreciação e amortização caiu 0,2%, refletindo nossa disciplina na gestão de despesas, com reduções em custos logísticos e administrativos, mesmo com volumes menores. O Ebitda ajustado cresceu 7,6%, com expansão de margem de 110 pb atingindo 30,6%. O LPA ajustado cresceu 15,7% no trimestre, impulsionado pelo crescimento do Ebitda e por uma menor alíquota efetiva de imposto de renda de 18,4%, que mais do que compensou o aumento das despesas financeiras. Quanto à geração de caixa, o fluxo de caixa das atividades operacionais caiu 9,2% em relação ao ano passado, refletindo principalmente o impacto da dinâmica de capital de giro associada à queda de volumes no trimestre. Estamos encorajados pela performance no primeiro semestre e confiantes de que seguimos no caminho certo para entregar mais um ano de crescimento com geração de valor. Como resultado de nossa forte geração contínua de caixa, em 30 de julho, nosso Conselho de Administração aprovou a distribuição de dividendos intermediários de aproximadamente R$ 2 bilhões, a serem pagos em outubro. À medida que entramos no segundo semestre, nossa gestão de receita e disciplina financeira nos deixam bem posicionados para enfrentar os ventos contrários de câmbio e commodities. Ao mesmo tempo, seguiremos trabalhando na execução dos três pilares de nossa estratégia, fortalecendo nossas marcas como líderes da categoria, acelerando nossa digitalização e com foco em uma gestão disciplinada de receita e custos— comenta a administração da Ambev .