Total no período de R$ 897,2 milhões. Investimentos nas operações de rodovia, trilhos e aeroportos somaram R$ 1,78 bilhão no período, um aumento de 9,2%.
A Motiva, maior empresa de infraestrutura de mobilidade do Brasil, apurou um forte crescimento de 234,9% no lucro líquido no segundo trimestre de 2025 na comparação com igual período do ano passado, alcançando o valor de R$ 897,2 milhões. O sólido resultado financeiro reflete o desempenho operacional consistente de suas plataformas de rodovias, trilhos e aeroportos, os ganhos de eficiência na agenda de custos e os impactos positivos da otimização do seu portfólio de concessões, com a fim da operação de Barcas e a repactuação do contrato da BR-163, em Mato Grosso do Sul.
No mesmo período de comparação, a receita líquida da Motiva alcançou R$ 3,56 bilhões, um crescimento de 2,2%, impactado positivamente pela movimentação nas três plataformas de atuação e pela evolução das receitas complementares. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, sigla em inglês) ajustado teve alta de 4,2%, para R$ 2,09 bilhões, com evolução de 1,2 ponto percentual na margem Ebitda ajustada, de 57,6% para 58,8%. A expansão na margem Ebitda Ajustada decorre da evolução da Motiva na sua agenda de eficiência operacional e na otimização do seu portfólio.
—Este trimestre marca o início de um novo ciclo já sob a marca Motiva, agora em nossa nova sede em São Paulo. Seguimos comprometidos com a excelência na execução e com a criação de valor sustentável para todos os nossos stakeholders. O segundo trimestre de 2025 foi marcado por avanços concretos nessa direção. Seguimos acelerando os investimentos, sustentados por uma rigorosa alocação de capital, elevada disciplina financeira e uma gestão operacional eficiente, ao mesmo em que avançamos na digitalização e na descarbonização das nossas operações —afirma o CEO da Motiva, Miguel Setas.
O resultado do segundo trimestre de 2025 captura integralmente o impacto positivo do fim da operação de Barcas, no Rio de Janeiro, um ativo detrator nos resultados da Companhia, e incorpora os primeiros efeitos da otimização contratual da BR-163/MS. Além disso, no último dia 28 de junho, teve início da arrecadação em cinco praças de pedágio da concessionária PRVias (antigo Lote 3 do Paraná), cujo contrato foi assinado em 14 de abril.
Considerando estes efeitos e a gestão eficiente no controle de custos operacionais, a Motiva encerrou o primeiro semestre de 2025 com a relação Opex (Caixa)/Receita Líquida ajustado de 38%. O resultado sinaliza a possibilidade de a Companhia antecipar em um ano, de 2026 para 2025, o cumprimento deste compromisso anunciado durante o Investor Day de 2024. A relação Opex (Caixa) / Receita Líquida Ajustado é uma das metas estabelecidas na Ambição 2035, a visão de longo prazo da Motiva para os seus negócios.
Com a otimização contratual da BR-163 (antiga MSVia), foi constituído um ativo fiscal diferido na concessão, o que teve um impacto positivo de R$ 480 milhões no resultado, impulsionando o lucro líquido do segundo trimestre de 2025. Excluindo os efeitos não-recorrentes em 2024 e 2025, o lucro líquido ajustado foi de R$ 398 milhões.
Em relação ao endividamento, a Motiva encerrou junho de 2025 com uma alavancagem ajustada de 3,7 vezes, refletindo as captações realizadas neste primeiro semestre para fazer frente às obrigações contratuais da PRVias e Sorocabana (SP). A expectativa da Companhia é de uma redução consistente do indicador ao longo dos próximos meses com a incorporação da geração de caixa destas novas duas concessões.
Desempenho operacional consistente no 2T25 — As plataformas da Motiva registraram desempenho operacional consistente quando olhada em bases comparáveis. A plataforma de Rodovias, excluindo as novas concessões PRVias e a Sorocabana e a encerrada ViaOeste, teve uma alta de 3,4% no período, para 237,5 milhões de veículos, impactada positivamente pela recuperação do fluxo de veículo nas vias do Sul do País – contabilizando todos os ativos, houve uma queda de 14,2% no período.
Em aeroportos, o crescimento no número de passageiros foi de 10% entre os trimestres, para 10,44 milhões de clientes. Os destaques no período foram o crescimento de 17,5% no tráfego em Curaçao, de 11,7% no terminal internacional de Confins (MG), de 8,1% nos aeroportos do Bloco Sul e de 16% nos do Bloco Central. Nas operações brasileiras, a forte expansão reflete o aumento na ocupação dos voos e a maior oferta de assentos.
Em trilhos, em bases comparáveis com a exclusão da operação de Barcas, a variação ficou estável, com ligeiro aumento de 0,5%, para 188,86 milhões de clientes transportados – com todos os ativos, houve pequena redução de 1,2%. A movimentação do segundo trimestre foi positivamente impactada pela maior taxa de ocupação em escritórios nas regiões atendidas pela ViaQuatro (Linha 4 – Amarela) e ViaMobilidade – Linhas 8 & 9 e pela contínua expansão da demanda após a inauguração do Terminal Intermodal Gentileza (TLG), beneficiando o VLT Carioca. Estes efeitos foram parcialmente compensados pelos feriados em abril e junho.
Evolução dos investimentos e aditivos — Os investimentos da Motiva no segundo trimestre de 2025 totalizaram R$ 1,78 bilhão, 9,2% acima de igual período do ano passado e um crescimento de 31% ante o primeiro trimestre de 2025. Entre os principais projetos, destacam-se o avanço das obras na Serra das Araras (RioSP), que atingiram 25% do cronograma, os trabalhos para a duplicação da BR-101 (ViaSul), a manutenção da AutoBAn e a continuidade das reformas das estações e das melhorias de sistemas nas Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, em São Paulo.
Na agenda regulatória, a Motiva celebrou, no dia 29 de maio, com o governo de São Paulo um aditivo contratual para implantação do sistema de sinalização ETCS nas Linhas 8&9. Com o valor de R$ 1 bilhão, o projeto irá contribuir para a melhoria na qualidade do serviço, com a diminuição do tempo de intervalo na circulação entre os trens. Além disso, o acordo prevê a realização de estudos para a implantação de um viaduto ferroviário entre as estações Ceasa (Linha 9) e Imperatriz Leopoldina (Linha 8), o que irá trazer mais flexibilidade operacional.
A Companhia também celebrou aditivo contratual com governo de São Paulo que estendeu em 73 dias o contrato da concessionária, em reconhecimento a obras realizadas para a implantação da faixa de segurança (refúgio) em trechos da Rodovia SP-270. Em 17 de junho, foi assinado um aditivo entre a BH Airport, que administra o Aeroporto de Confins, e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com o objetivo de reprogramar o calendário de pagamento das contribuições fixas da concessão.
Mobilidade e infraestrutura sustentáveis — Na frente de sustentabilidade, a Motiva coliderou o lançamento do plano da Coalizão para a Descarbonização dos Transportes. A iniciativa reúne mais de 50 entidades (entre empresas, academia e setor público), com o objetivo de reduzir em 70% as emissões do setor até 2050, atraindo ao menos R$ 600 bilhões em investimentos verdes para o País.
Além disso, foi reconhecida em importantes rankings e índices na agenda de Diversidade, Equidade & Inclusão (DE&I). A Motiva passou a integrar os índices Idiversa e IGPTW da B3 e foi eleita uma das 50 Melhores Empresas para Trabalhar com Jornada Flexível.
A Companhia também ingressou no ranking das 100+ Inovadoras no Uso de TI, organizado IT Fórum, e teve a Rodovia dos Bandeirantes novamente eleita como a melhor estrada para viajar no Estado de São Paulo. A Motiva também manteve, pelo 14º ano consecutivo, a sua presença na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da B3.