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26/07/2025

Empilhadeiras a combustão em locais fechados representam risco à saúde e ao meio ambiente

Especialista alerta para os perigos da operação irregular de máquinas movidas a combustíveis fósseis em ambientes internos e destaca as vantagens da eletrificação da frota.

O uso de empilhadeiras a combustão em ambientes fechados tem gerado preocupação crescente entre especialistas em segurança do trabalho, meio ambiente e logística. De acordo com dados do setor, empilhadeiras movidas a diesel emitem entre 5.280 e 7.920 gramas de CO₂ por hora de operação. Em contrapartida os modelos elétricos, especialmente os equipados com baterias de íon-lítio, não emitem CO₂ durante o uso, sendo uma alternativa mais limpa e sustentável para operações em espaços internos.

A Norma Regulamentadora nº 11 (NR-11), do Ministério do Trabalho, determina que veículos industriais como empilhadeiras só devem operar em ambientes fechados quando houver sistemas eficazes de ventilação que garantam a renovação do ar e evitem a concentração de gases tóxicos, como o monóxido de carbono (CO). O descumprimento dessas exigências pode expor trabalhadores a riscos graves de intoxicação, além de gerar sanções legais às empresas.

—O monóxido de carbono é um gás inodoro e extremamente tóxico, e a exposição prolongada em ambientes mal ventilados pode causar consequências irreversíveis à saúde. Infelizmente, ainda vemos operações utilizando empilhadeiras a combustão em locais fechados sem os devidos cuidados, o que contraria as normas e coloca vidas em risco —explica Humberto Mello, diretor da Tria Empilhadeiras, marca de equipamentos para manuseio e transporte de cargas.

Além dos impactos diretos à saúde, há também consequências ambientais e jurídicas. Empresas flagradas operando em desacordo com a legislação estão sujeitas a multas, processos trabalhistas e ações civis públicas por dano ambiental. Em um cenário de crescente fiscalização e rigor das autoridades, o custo da inércia pode ser elevado.

A transição para empilhadeiras elétricas é uma resposta viável e estratégica. Globalmente, o mercado desse tipo de equipamento deve crescer a uma taxa anual composta de 7,5% até 2029, impulsionado por fatores como eficiência energética, menores níveis de ruído e zero emissão local de poluentes. Segundo o diretor da Tria, no Brasil, até maio de 2023, as empilhadeiras elétricas já representavam 57% da frota nacional, um salto de 44% em relação ao ano anterior.

—Temos visto um aumento expressivo na procura por soluções elétricas, impulsionado pela necessidade de ambientes mais limpos, seguros e alinhados às práticas sustentáveis. Esse movimento tem ganhado força em diferentes frentes e representa uma transformação necessária rumo a operações mais responsáveis— complementa o porta-voz.

Além do apelo sustentável, o especialista ressalta que as empilhadeiras elétricas também oferecem benefícios operacionais: menor custo de manutenção, operação mais silenciosa e adaptação ideal a espaços internos.

—Com a expansão do e-commerce e a automatização dos centros de distribuição, a demanda por essas máquinas tende a crescer ainda mais nos próximos anos. E vale lembrar que esse processo de eletrificação da frota vai muito além de uma tendência de mercado, trata-se de uma medida de segurança importante, saúde e conformidade— finaliza Humberto Mello.