E estima produzir até três mil toneladas de grafite até o final do ano. Com capacidade inicial de 5.500 toneladas por ano, fundo investiu cerca de R$ 400 milhões na implantação da Mina Boa Sorte. Ativo do grupo já exporta concentrado de grafite para a América do Norte. Além do mercado de baterias, a Graphcoa pretende atender também os setores de refratários, lubrificantes e agricultura, incluindo o mercado doméstico.
A Appian Capital Brazil, fundo de investimentos privados especializado em mineração e metais, dá um importante passo em sua estratégia de expansão no Brasil com o início da produção comercial pela Graphcoa. Com capacidade inicial de 5.500 toneladas por ano, o ativo do grupo especializado em concentrado de grafite investiu cerca de R$ 400 milhões no desenvolvimento de suas operações. A Mina de Boa Sorte, no município de Itagimirim (BA), que está em processo de ramp-up da operação desde dezembro de 2024, estima produzir até três mil toneladas de grafite concentrado, com teores de até 98%, até o final do ano. Este é o primeiro projeto de grafita da Appian e marca um passo relevante para posicionar a Graphcoa entre os principais produtores de grafite no Brasil.
—Trata-se de um volume significativo no contexto do mercado de grafite natural, que opera em escala muito distinta dos grandes minérios de abundância. Já iniciamos as exportações para os Estados Unidos, com foco em testes e validação do nosso produto junto a clientes estratégicos. Novas remessas estão previstas para os próximos meses. Em paralelo, também avançamos nas negociações com o mercado nacional, que deve receber os primeiros lotes em breve —afirma Ricardo Alves, diretor executivo da Graphcoa,
O ativo já exporta a sua produção de concentrado de grafite para os Estados Unidos, onde está localizada a Urbix, desenvolvedora de tecnologia de processamento de grafite para fabricação de baterias.
Com esse volume inicial, a Graphcoa pretende atender tanto clientes especializados na produção de ânodos para baterias, um mercado estratégico em expansão, quanto setores tradicionais como refratários, lubrificantes e agricultura, incluindo o mercado doméstico. A produção também cumpre um papel fundamental no processo de validação e homologação do concentrado de grafite produzido pela Graphcoa, etapas essenciais em aplicações de alta performance que exigem rigor técnico e longos ciclos de qualificação.
Mercado Brasileiro — Além da transição energética, a empresa aposta nos segmentos de refratários, siderurgia e agronegócio como motores da sua expansão no mercado nacional. Para isso, a Graphcoa desenvolveu três linhas de produtos, cada uma focada em características do grafite e nas demandas do mercado, composta por: Graphcoa Flakes®, Graphcoa Fines Flakes® e Powders. Assim, a Appian Capital Brazil faz importante movimento em sua estratégia de negócios no país.
O projeto representa um marco importante não apenas para a empresa, mas também para a Bahia e para o Brasil, ao reforçar o papel de destaque do país na rota dos minerais críticos para a transição energética. A conclusão do ramp-up da planta está prevista para o final de 2025. Além da Bahia, a Graphcoa planeja expandir suas operações para outras localidades no Nordeste de Minas Gerais.