— Podemos destacar alguns motivos para a contínua valorização das ações da Nvidia, que foi a primeira empresa no mundo a atingir o valor de mercado de US$ 4 trilhões.
Primeiro, a recuperação após os temores regulatórios. As restrições dos EUA à exportação dos chips para a China não causariam impactos tão prejudiciais aos números da empresa, como foi exageradamente precificado pelo mercado num primeiro momento.
Após essa recuperação, ainda houve o grande encontro anual de acionistas, no final de Junho, onde o CEO Jensen Huang destacou oportunidades trilionárias em IA e robótica, prevendo expansão duradoura de infraestrutura de IA.
Por último, não podemos ignorar que a empresa é líder na produção de chips para inteligência artificial, num momento que a demanda global continua alta, inclusive com uma corrida entre Microsoft, Meta Plataforms, Alphabet e Tesla para construir centros de dados de IA, aumentando a demanda pelos chips da Nvidia.
Analistas continuam elevando a recomendação de compra e os price targets da ação, com revisões recorrentes, fazendo estimativas de valuation da empresa que pode chegar a US$ 6 trilhões. Desde o momento de maior pessimismo, após o anúncio das tarifas no início de Abril, as ações da Nvidia valorizaram cerca de 86%— conclui Vitor Cavalieri, head de Internacional da InvestSmart XP.