Uso de ajduvantes evidencia tendência de otimizar aplicações e aumentar produtividade no campo.
Na busca por maior eficiência no uso de defensivos agrícolas, adjuvantes vêm ganhando espaço como aliados importantes nas lavouras brasileiras. Esses produtos, embora não atuem diretamente no combate a pragas e doenças, têm a função de melhorar as condições de aplicação e absorção dos insumos pelas plantas — o que pode representar economia, ganhos agronômicos e menor impacto ambiental.
É o caso do FT Poly Protect, lançado recentemente pela Fertsan, empresa cearense de fisioativadores. Classificado como adjuvante polimérico, o produto atua modificando as propriedades das gotas durante a pulverização, formando uma película sobre a superfície foliar que facilita a adesão, reduz a deriva e desacelera a evaporação. Com isso, a penetração dos princípios ativos através da cutícula da folha se torna mais eficiente.
Dados de campo apresentados pela empresa em uma área de soja em Guarapuava (PR) indicam que, com o uso do adjuvante associado a um pacote de fungicidas, houve um incremento médio de cinco sacas por hectare na produtividade.
De acordo com Alexandre Craveiro, Diretor de P&D e sócio-fundador da Fertsan, outro ponto de destaque é a proteção ao meio ambiente: —O FT Poly Protect é considerado atóxico, biodegradável e é aplicado em baixa dosagem, características que contribuem para um manejo mais sustentável e seguro. O produto também ativa as defesas naturais da planta e melhora o processo de quelagem e absorção foliar de nutrientes e defensivos —destaca o especialista.
O uso crescente de adjuvantes reflete uma tendência mais ampla do setor: otimizar os recursos utilizados na lavoura por meio de tecnologias de apoio. Com o aumento dos custos de produção e a pressão por práticas mais sustentáveis, ferramentas como essa vêm sendo observadas com interesse por agricultores e pesquisadores.