Volume representa alta de 10% sobre a temporada anterior; safra de soja também teve projeção ajustada.
A Datagro Grãos informou, por meio do novo levantamento para o mês de junho, que a projeção para a produção de milho no Brasil foi revisada para cima, de 132,7 para 134 milhões de toneladas (+0,9%). O volume representa um avanço de 10% em relação ao colhido em 2023/2024, que somou 122 milhões de toneladas.
A safra de verão recém-colhida está estimada em 25,4 milhões de toneladas, avanço de 2,8% em relação ao registrado na temporada 2023/2024 (24,7 milhões de toneladas), mesmo com uma redução de 6% da área plantada.
Milho safrinha 2025 — Já o milho safrinha, que é responsável por 81% da produção nacional, está projetado em 108,5 milhões de toneladas, 11% superior às 97,3 milhões de toneladas colhidas em 2023/2024. O número se aproxima do recorde histórico de 108,6 milhões toneladas registrado em 2022/2023.
A produtividade média foi ajustada para cima, de 5.957 kg/ha para 5.986 kg/ha, o maior rendimento já observado para lavouras de inverno no Brasil — 7% acima do obtido em 2023/2024.
Apesar da colheita volumosa, a consultoria projeta um déficit no mercado brasileiro de milho (produção – consumo) de 1,2 milhão de toneladas, o quinto consecutivo, embora menos severo que o registrado em 2023/2024, quando o déficit foi de 5,2 mi toneladas
Soja: produção é estimada em 173,5 milhões de toneladas — No caso da safra 2024/2025 da soja, a Datagro Grãos elevou a sua estimava para produção da oleaginosa de 172 para 173,5 milhões de toneladas (+0,8%), um avanço de 12% sobre a temporada 2023/2024, marcada por severas perdas em várias regiões do país.
A área plantada é avaliada em 48,0 milhões de hectares nesta temporada, 4% acima dos 46,2 milhões de hectares do ciclo anterior — é esperado também uma melhora de 8% no rendimento médio, que chega a 3.614 kg/ha.
Espera-se que a produção brasileira supere a demanda total por soja em cerca de 0,1 milhão de toneladas, apenas, dado recorde de demanda interna e externa pelo grão. Este deverá ser o primeiro superávit após cinco anos consecutivos de déficit.