A arrecadação é resultante da Oferta Permanente de Concessão (OPC): 5º Ciclo, que tem recorde de bônus de assinatura, e ágio de quase 3.000% em áreas da Margem Equatorial. Petrobras e parceiras levam dez blocos na Bacia Foz do Amazonas.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).realizou no dia 17 de junho (terça-feira), no Rio de Janeiro, a sessão pública do 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC). O bônus de assinatura arrematado, de R$ 989.261.000,96, foi recorde considerando todos os ciclos da OPC. O bônus teve um ágio de mais de 500%, ou seja, o percentual arrecadado a mais do que o mínimo definido no edital.
No total, foram arrematados 34 blocos por nove empresas, blocos, parte das 172 áreas de exploração disponibilizadas no edital da ANP. Os blocos estão localizados nas bacias: Parecis (terra); Foz do Amazonas, Santos e Pelotas (mar). Os investimentos previstos são de R$ 1.456.963.000,00 somente na primeira fase dos contratos, a fase de exploração.
—O resultado de hoje, na visão da ANP, foi bastante positivo, demonstrando a confiança dos investidores no potencial exploratório do Brasil —afirmou a diretora-geral interina da ANP, Patricia Baran, ao final da sessão pública.
A diretora destacou, entre os resultados, a performance das bacias da Margem Equatorial. —Tivemos ágio de quase 3.000% em áreas da Margem Equatorial e concorrência em sete dos 19 blocos arrematados. Esta foi a primeira vez que áreas dessa região foram ofertadas na modalidade de oferta permanente—.
O grupo formado pelas empresas Chevron Brasil Óleo e CNPC Brasil adquiriu nove blocos, pagando cerca de R$ 582 milhões.
A Petrobras adquiriu dez blocos na Bacia Foz do Amazonas e três blocos na Bacia de Pelotas, no 5º Ciclo de Oferta Permanente de Concessão da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Na Bacia Foz do Amazonas, a Petrobras adquiriu os blocos FZA-M-1040, FZA-M-1042, FZA-M-188, FZA-M-190, FZA-M-403, FZA-M-477, FZA-M-547, FZA-M-549, FZA-M-619 e FZA-M-621, em parceria com a ExxonMobil Exploração Brasil. Nos cinco primeiros blocos o consórcio terá a Petrobras como operadora, com participação de 50%, em parceria com a ExxonMobil (50%). Nos outros cinco blocos, a ExxonMobil será operadora e a Petrobras terá participação de 50%.
Na Bacia de Pelotas, a Petrobras adquiriu os blocos P-M-1670, P-M-1672, P-M-1741 em parceria com a Petrogal Brasil S.A. O consórcio terá a Petrobras como operadora em todos os blocos, com participação de 70%, em parceria com a Petrogal Brasil (30%).
O valor do bônus de assinatura a ser pago em outubro de 2025 pela companhia é de cerca de R$ 139 milhões. Além do bônus de assinatura, também foi considerado como critério de julgamento do leilão o Programa Exploratório Mínimo (PEM) a ser aplicado no bloco, expresso em Unidades de Trabalho (UTs) — que abrangem a atividade a ser realizada durante a atividade exploratória.
—Conseguimos arrematar as áreas que eram nossas prioridades, oferecendo valores de bônus dentro das nossas premissas econômicas. Estamos satisfeitos com o resultado do leilão. Com esse resultado e com a continuidade das nossas atividades exploratórias, inclusive na Margem Equatorial e na Bacia de Pelotas, persistimos otimistas em relação às nossas possibilidades de recomposição de reservas de petróleo e em relação à garantia da segurança energética do Brasil— destaca a presidente da Petrobras Magda Chambriard.
O quadro mostra a participação da Petrobras no 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão da ANP:
Segundo a Petrobras a participação no 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão está alinhada à estratégia de longo prazo da companhia e fortalece o perfil da Petrobras de principal operadora de campos de petróleo localizados em águas ultra profundas, potencializando a recomposição de reservas para o futuro da companhia.
— A Petrobras atuou seletivamente no leilão de forma a assegurar a incorporação de quase 9.600 quilômetros quadrados—.
Na lista das arrematadoras, a Karoon levou seis blocos como operadora (Bacia de Santos), com R$ 81.627.003,96 de bônus e R$ 111.000.000,00 de investimento previsto e, Dillanz Petróleo e Gás Natural-Biocombustíveis S.A, que adquiriu um bloco (Bacia de Parecis) como operadora, com bônus de R$ 55.000,00 e investimento previsto de R$ 12.091.000,00.
Ao final do leilão do 5º Ciclo da Oferta Permanente de Concessão (OPC), da ANP para exploração de petróleo que incluiu, pela primeira vez, blocos da Bacia da Foz do Amazonas, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse ter certeza de que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis(Ibama) vai agilizar o licenciamento pra liberar a atividade na região.
Leilão da 5ª Oferta Permanente tem bônus recorde — O presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), Roberto Ardenghy, avaliou como muito positivo o resultado do 5º ciclo da Oferta Permanente de Concessão realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). —Num cenário geopolítico mundial desafiador, o resultado reforça a visão estratégica da indústria em continuar o processo de exploração de novas áreas em busca da reposição de reservas. Estes investimentos são fruto de um ambiente regulatório estável e do reconhecimento dos agentes do setor da necessidade de avançarmos com a produção de petróleo e gás sempre com segurança operacional e ambiental —ressaltou Ardenghy.
No leilão, foi arrecadado cerca de R$ 1 bilhão em bônus de assinatura, recorde para este tipo de certame, o que evidenciou a importância do setor de óleo e gás para a economia brasileira. A maior parte foram áreas contratadas na Bacia da Foz do Amazonas.
Além do expressivo volume de bônus, o certame vai gerar investimentos previstos de R$ 1,5 bilhão para o desenvolvimento dos projetos de exploração. O leilão teve ao todo 34 blocos arrematados e apresentou grande diversidade de empresas de diferentes portes, além de uma estreante que arrematou um bloco onshore na Bacia de Parecis, na região Centro-Oeste.