Composições passam a transportar mais de 17 mil toneladas por trem e reforçam a eficiência das operações ferroviárias em direção ao Porto de Santos.
Comprometida com uma solução logística segura, competitiva e de baixo carbono para suportar o crescimento do agronegócio brasileiro, a Rumo, maior operadora de ferrovias do país, iniciou no primeiro trimestre de 2025 as operações com os trens de 135 vagões. A nova etapa do projeto, faz parte dos compromissos de aumento de capacidade da Malha Paulista, os trens que antes circulavam com 120 vagões, passaram a operar com as novas formações nos dois principais corredores ferroviários do agronegócio brasileiro, saindo diariamente dos terminais de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins em direção ao maior complexo portuário da América Latina, o Porto de Santos.
Os projetos focados no aumento da capacidade tiveram início em 2021, quando a companhia começou a operar com 120 vagões. —Iniciamos em 2015 com 80 vagões, depois passamos para 120 e, agora, quase dobramos nossa capacidade por trem com o modelo de 135 vagões. O crescimento do agronegócio no Brasil, particularmente nas áreas onde operamos, motivam a Rumo a ampliar sua logística para oferecer mais eficiência aos seus clientes — esclarece Bruno Casarini, diretor de Operações e Manutenção da Rumo.
O acréscimo na capacidade do trem de 135 vagões proporcionou em média um aumento de 1.200 toneladas úteis de carga por trem, a redução de uma hora no Transit Time —tempo de intervalo viagem do terminal até o destino— e melhor eficiência energética —substituindo até 530 caminhões diários nas estradas, totalizando cerca de seis mil por mês—. Em fevereiro, cerca de três milhões de toneladas de grãos foram embarcadas para o Porto de Santos.
— Para que esse projeto se tornasse realidade, as equipes da Rumo trabalharam nos últimos três anos em frentes estratégicas, operacionais e técnicas para viabilizar essa composição que faz entregas mais rápidas com o mesmo número de trens, porém com mais vagões — explica o diretor.
Estudos e investimentos — A concessionária investiu aproximadamente R$350 milhões de reais para viabilizar o novo modelo de operação, incluindo a expansão dos pátios de manobra e as obras para a composição do trem. A companhia também conduziu um estudo sobre força e tração, instalando sensores nos engates, com o objetivo de compreender os desafios técnicos e operacionais da nova locomotiva.
Máxima eficiência — O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estima que, nos próximos dez anos, a produção de grãos no Brasil alcançará um aumento de 27%. Por outro lado, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) esclarece que a performance econômica na região deve ser principalmente impulsionada pelo rendimento agrícola. A colheita de grãos de 2024/2025 pode atingir um recorde de 322,25 milhões de toneladas. Para atender toda a demanda da safra, a Rumo está realizando diversas obras e já entregou 25% das previstas no caderno de obrigações. Com esses resultados a concessionária elevou a capacidade de toneladas movimentadas por ano subiu de 45 milhões de toneladas/ano em 2020 para atuais 53 milhões de toneladas/ano, a previsão é que até o fim das obras a empresa alcance 75 milhões de toneladas/ano na capacidade.
Quadro comparativo — O trem de 135 vagões, com capacidade para transportar aproximadamente 17.200 toneladas de grãos, apresenta um aumento na capacidade em comparação às composições anteriores: o trem de 120 vagões (15.500 toneladas) e o de 80 vagões (7.600 toneladas). Em média, saem diariamente oito trens de 135 vagões com destino a Santos.
. Trem com 80 vagões graneleiros, transporta cerca de 7.600 toneladas brutas, comprimento do trem de 1,5 quilômetros, com peso total de 10,3 mil toneladas brutas, equivalente à capacidade média de 173 caminhões.
. Trem com 120 vagões graneleiros, transporta cerca de 15.500 toneladas brutas, ganho aproximado de 50% de capacidade, comprimento do trem de 2,25 quilômetros, peso total de 15,5 mil toneladas brutas, o equivalente à capacidade média de 261 caminhões.
Rumo — A Rumo é a maior operadora privada de ferrovias de carga do país e oferece uma solução logística segura, competitiva e de baixo carbono para suportar o crescimento do agronegócio brasileiro. Cruzamos o Brasil de Norte a Sul, administramos cerca de 14 mil quilômetros de ferrovias nos estados de Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais, Goiás e Tocantins. A base de ativos é formada por 1.400 locomotivas e 35 mil vagões. São mais de 8 mil colaboradores em todo o Brasil, 10 terminais de transbordo ao longo da malha e 5 terminais portuários nos principais portos brasileiros. Em 2023, nos tornamos a única empresa brasileira do setor de logística a compor o índice internacional Dow Jones de Sustentabilidade, além de compor pelo terceiro ano consecutivo a carteira do ISE B3, a principal referência no país em reconhecer companhias com as melhores práticas de sustentabilidade.