A mineradora brasileira investiu R$ 1,38 bilhão em 2024 e, R$ 7,4 bilhões desde 2020. Com a iniciativa, a empresa se torna a primeira do setor de mineração global e a primeira empresa brasileira a elaborar este tipo de documento conforme as normas do International Sustainability Standards Board (ISSB).
Vale é a primeira mineradora do mundo e a primeira empresa brasileira a adotar voluntariamente o padrão internacional do ISSB para reportar riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade. Essa prática será obrigatória no Brasil a partir de 2027. Desde 2020, a Vale investiu R$ 7,4 bilhões em iniciativas de descarbonização (R$ 1,38 bilhão apenas em 2024). As metas incluem reduzir em 33% emissões de escopos 1 e 2 até 2030, zerar emissões líquidas até 2050 e reduzir em 15% emissões de escopo 3 até 2035. O relatório detalha como a Vale avalia continuamente os riscos climáticos e segue os padrões ISSB e IFRS, garantindo alto nível de transparência sobre os impactos financeiros das ações sustentáveis da empresa. Ele será publicado anualmente.
A Vale divulgou no dia 02 de junho (segunda-feira), seu primeiro relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade. Com a iniciativa, a mineradora se torna a primeira do setor de mineração global e a primeira empresa brasileira a elaborar este tipo de documento conforme as normas do International Sustainability Standards Board (ISSB), adotando o novo padrão global para que as empresas reportem riscos e oportunidades relacionados à sustentabilidade.
CVM exigirá o padrão a partir de 2027 — A Vale adotou de forma voluntária o padrão, que será de apresentação obrigatória pelas empresas de capital aberto no Brasil somente a partir de 2027 (com dados referentes a 2026), de acordo com a resolução 193/2023 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O relatório informa que, desde 2020, a Vale já investiu R$ 7,4 bilhões em iniciativas de descarbonização. Somente no ano de 2024, o valor investido foi de R$ 1,38 bilhão. A empresa tem como metas reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) de escopo 1 e 2 (diretas e indiretas) em 33% até 2030, com relação ao ano-base de 2017, e zerar as emissões líquidas até 2050. A empresa também busca reduzir em 15% as emissões de escopo 3, relativas à cadeia de valor, até 2035.
—Este relatório evidencia que a Vale está preparada para liderar na mineração sustentável, com um posicionamento único para apoiar a descarbonização global, enquanto caminha para tornar-se referência na criação de valor de longo prazo. Esta divulgação também demonstra a dedicação da Vale para atingir suas metas de redução de emissões por meio de ações transparentes e responsáveis, investindo de forma pragmática na execução de sua estratégia climática e no avanço das melhores práticas em sustentabilidade —afirma Gustavo Pimenta, presidente da Vale.
O relatório apresenta a estratégia da Vale para o enfrentamento das mudanças climáticas e detalha riscos e oportunidades relacionados ao tema. Entre as oportunidades significativas para a empresa, destacam-se o aumento da procura por produtos de minério de ferro com potencial de reduzir as emissões de carbono da indústria siderúrgica e a demanda crescente por metais para a transição energética, como níquel e cobre.
No relatório, a empresa detalha os investimentos para descarbonização em 2024, como o desenvolvimento do briquete de minério de ferro, que pode reduzir em até 10% as emissões no alto-forno e, se usado na rota de redução direta, pode viabilizar a produção do aço verde. Também é mencionado o desenvolvimento dos Mega Hubs, complexos industriais voltados para produtos siderúrgicos de baixo carbono, que a empresa está implantando com parceiros no Oriente Médio, EUA e Brasil. Há também iniciativas para redução de emissões diretas, como a ampliação do uso de biocombustíveis nas operações.
No que se refere ao gerenciamento de riscos, a Vale informa como adota avaliação permanente dos riscos relacionados às mudanças climáticas, considerando a transição para uma economia de baixo carbono e os impactos físicos das alterações do clima. A companhia também detalha o monitoramento contínuo que faz do tema em toda a cadeia de valor, utilizando análise de cenários climáticos para avaliar a vulnerabilidade de ativos e os planos de adaptação.
O relatório no padrão ISSB da Vale foi elaborado sob as Normas de Divulgação de Sustentabilidade e os IFRS Sustainability Disclosure Standards, garantindo alto nível de transparência em informações relacionadas ao impacto financeiro das ações de sustentabilidade da companhia. O documento passará a ser divulgado anualmente.