Maior usina a gás natural do país, a UTE GNA II reforça a segurança energética do Sistema Interligado Nacional (SIN).
A UTE GNA II Geração de Energia S.A. informou no dia 02 de junho (segunda-feira), que recebeu, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), liberação para início da operação comercial de suas quatro unidades geradoras, que somam 1.673 MW de capacidade instalada, a partir de 31 de maio de 2025 (sábado). Segunda usina termelétrica em operação no Porto do Açu, Rio de Janeiro, a UTE GNA II totaliza investimentos de R$ 7 bilhões, sendo a maior usina a gás natural do país.
Selecionada como projeto estratégico do Novo PAC do Governo Federal, a UTE GNA II tem capacidade para atender aproximadamente oito milhões de residências e representa cerca de 10% da geração a gás natural da matriz elétrica nacional. Movida a gás natural, combustível reconhecido como catalisador da transição energética, a usina assegura uma fonte de energia mais limpa, firme e confiável, independente de fatores climáticos.
Em conjunto com a UTE GNA I, em operação desde 2021, o início das atividades da UTE GNA II consolida a posição da GNA como maior complexo de geração a gás natural da América Latina, com 3 GW de capacidade instalada, interligadas a um terminal de GNL (gás natural liquefeito) de uso privado.
— Celebramos hoje o início da operação comercial de nossa segunda usina GNA II, que marca a transição da GNA para uma empresa 100% operacional alcançando a marca de 3 GW de capacidade instalada, reforçando a nossa contribuição e nosso compromisso com a resiliência do Sistema Interligado Nacional. Agradeço à equipe da GNA, aos nossos acionistas, financiadores, parceiros e aos stakeholders institucionais dos âmbitos federal, estadual e municipal, pelo apoio e confiança— comentou Emmanuel Delfosse, CEO da GNA.
Eficiência energética e compromisso socioambiental — A UTE GNA II é uma usina termelétrica composta por três turbinas a gás e uma turbina a vapor em uma configuração de ciclo combinado propiciando altíssima eficiência, além de uma subestação e uma linha de transmissão de 500 kV.
A usina utiliza tecnologia de ponta, com eficiência superior a 60%, uma das maiores do Brasil, o que permite gerar aproximadamente 572 MW (35% de sua capacidade instalada) sem consumo adicional de gás, reduzindo as emissões. A planta também foi projetada para operar consumindo até 50% de hidrogênio em substituição ao gás natural. Outro diferencial importantíssimo é o uso de quase 100% da água proveniente do mar, através do tratamento em sua planta de dessalinização, preservando ao máximo os recursos hídricos.
Durante a fase de construção, aproximadamente dez mil empregos foram gerados. Para capacitar a comunidade local para as oportunidades, a GNA implementou um Programa de Qualificação Profissional gratuito, com 450 vagas, das quais 41% foram ocupadas por mulheres, reforçando o compromisso com a equidade de gênero. Outro destaque é a cultura de segurança: a UTE GNA II atingiu mais de 20 milhões de homens horas trabalhadas sem acidentes com afastamento durante a construção, estabelecendo um marco de referência para o setor.
Expansão — Olhando para o futuro, a empresa possui licença ambiental para 3,4 GW adicionais, o que permitirá expandir a capacidade instalada de seu parque térmico para até 6,4 GW e tem opções futuras para potenciais conexões da rede nacional de gasodutos e terminal GNL onshore. A localização estratégica do Porto do Açu é um diferencial para a consolidação do hub de gás e energia liderado pela GNA, com potencial para atrair indústrias e impulsionar o desenvolvimento socioeconômico do estado do Rio de Janeiro e do país.
Composição acionária — Um dos diferenciais competitivos da UTE GNA II é a sua sólida estrutura acionária, composta pela bp, Siemens Energy e SPIC Brasil, empresas líderes em suas áreas de atuação. A parceria traz conhecimento técnico, credibilidade, além de recursos para desenvolver e operar um empreendimento estruturante para o país, como a UTE GNA II.
— Como fornecedora de GNL para o complexo da GNA, a bp tem orgulho de contribuir com segurança energética para o Brasil e com a construção de um sistema mais limpo, mais resiliente e preparado para o futuro. Sabemos o quanto a energia confiável faz diferença na vida das pessoas, no dia a dia das empresas e no desenvolvimento do país. Este projeto é a prova de que, quando somamos competências, parcerias e compromisso, entregamos soluções que realmente transformam. Isso reflete plenamente o nosso propósito de entregar a energia que o mundo precisa ‘hoje e no amanhã’ — comentou Andres Guevara, presidente da bp no Brasil.
—A entrada em operação da UTE GNA II é um marco sem precedentes para o setor energético. Afinal, trata-se de um bloco completo de 3GW de energia perto dos centros de demanda e com as turbinas a gás mais eficientes do mundo, o que garante uma operação mais otimizada e eficiente do ponto de vista energético. A implementação desse primeiro ciclo de expansão ocorre em um momento crucial, no qual o Brasil decide pela estabilidade e segurança energética. É fato que a geração a gás representa um elemento fundamental para a consolidação de sistemas sustentáveis de energia renovável, e esse projeto nos prepara para um mercado ainda mais maduro e resiliente— afirmou André Clark, vice-presidente sênior da Siemens Energy para a América Latina.
—O início da operação comercial da UTE GNA II reforça o papel das térmicas a gás na segurança energética do Brasil. Esse tipo de fonte é fundamental para garantir estabilidade no fornecimento e apoiar a expansão das renováveis, contribuindo para uma transição energética responsável. É com uma matriz diversificada e bem planejada que avançamos rumo a um futuro energético mais sustentável —destacou Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil.
GNA II — A UTE GNA II Geração de Energia S.A. é uma usina termelétrica movida a gás natural, localizada no Porto do Açu (em São João da Barra/RJ) e controlada pelas empresas bp, Siemens Energy e SPIC Brasil. Maior usina a gás em operação no país, a UTE GNA II integra o maior parque de geração a gás natural da América Latina, composto também pela UTE GNA I, de 1,3 GW (em operação desde 2021). Juntas, as usinas somam 3 GW de capacidade instalada, energia suficiente para atender cerca de 14 milhões de residências. Além das térmicas, o parque de geração a gás natural compreende um Terminal de Regaseificação de GNL (Gás Natural Liquefeito), de 21 milhões de metros cúbicos/dia.