Produto movimenta bilhões em divisas e tributos, gerando mais de 40 mil empregos especialmente para os estados do Sul do país.
As exportações brasileiras de tabaco têm apresentado resultados superiores nos primeiros meses de 2025, em comparação com 2024. Segundo dados estatísticos divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC/ComexStat), entre janeiro e abril os embarques do produto somaram US$ 907,624 milhões, configurando o melhor desempenho da última década para o primeiro quadrimestre. O valor representa um crescimento de 17,87% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram exportados US$ 776,6 milhões. Em volume, partiram dos portos brasileiros 133.484 toneladas entre janeiro e abril, um aumento de 4% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Observando-se o primeiro quadrimestre dos últimos 10 anos, percebe-se o crescimento das divisas geradas ao Brasil. Em 2016, os embarques de janeiro a abril somaram US$ 507,3 milhões; em 2017, US$ 318,9 milhões; em 2018, US$ 597,9 milhões; e, em 2019, US$ 675,9 milhões. Em 2020, com o impacto da pandemia de covid-19, o país exportou US$ 434,7 milhões em produtos de tabaco nos primeiros quatro meses. Em 2021, o volume foi de US$ 500,4 milhões; em 2022, US$ 692,6 milhões; em 2023, US$ 767,5 milhões; em 2024, US$ 776,6 milhões; e neste ano, US$ 907,6 milhões.
Grande parte das vendas externas partiu do Rio Grande do Sul, estado que mais produz e exporta tabaco. O produto foi o líder nas exportações gaúchas no primeiro quadrimestre, com US$ 739,7 milhões em divisas. Em segundo lugar ficou o setor de suínos, aves e outros pequenos animais, com US$ 691,1 milhões, e, em terceiro, cereais, com US$ 585,2 milhões. O valor arrecadado com o tabaco exportado pelo estado gaúcho entre janeiro e abril de 2025 é 12,1% superior ao do mesmo período de 2024.
Conforme os relatórios mensais divulgados pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), em janeiro o tabaco foi o produto mais exportado, gerando US$ 405,1 milhões. O segundo lugar do primeiro mês do ano foi para o item Alimentos, com US$ 325,9 milhões em divisas. Em fevereiro de 2025, o Rio Grande do Sul obteve US$ 131,7 milhões em divisas com tabaco, sendo o segundo item nas exportações, atrás de Alimentos, que somaram US$ 418,4 milhões ao estado. Em março, o tabaco rendeu ao RS US$ 122,4 milhões em exportações e, em abril, US$ 143,2 milhões.
Valmor Thesing, presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), lembra que o setor é muito importante para a economia dos três estados da Região Sul, sendo a indústria do tabaco responsável por mais de 40 mil empregos diretos e contribuindo com aproximadamente R$ 17 bilhões em tributos anuais ao governo brasileiro. A expectativa é de encerrar o ano de 2025 com US$ 3 bilhões em divisas provenientes das exportações do produto. A projeção, com base em pesquisa encomendada à consultoria Deloitte, é de crescimento entre 10,1% e 15% nas exportações em relação a 2024.
Exportações de tabaco: Brasil, de janeiro a abril de 2025: US$ 907,624 milhões; Rio Grande do Sul, de janeiro a abril de 2025: US$ 739,7 milhões.
Integração — Além dos dados econômicos, o setor também se destaca pelo investimento em sustentabilidade. O impacto vai além das fábricas, pois a renda gerada a partir da produção é decisiva nos municípios por proporcionar empregos indiretos, arrecadação de impostos e movimentação econômica. No campo, os 133 mil produtores recebem R$ 12 bilhões, o que torna o setor fundamental para o comércio e os serviços de boa parte dos mais de 500 municípios onde há produção.
Como produto que mais gera renda em pequenas propriedades, o tabaco garante uma vida confortável em regiões de agricultura familiar. As propriedades onde as folhas são produzidas têm, em média, 14,5 hectares, são diversificadas e contam com gestão eficiente das diversas produções. Com incentivo das indústrias, o cultivo de alimentos e a aplicação de boas práticas agrícolas são uma realidade, viabilizada por meio do Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT).
Sinditabaco — Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde 94% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios.
SindiTabaco — Fundado em 24 de junho de 1947, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem sede em Santa Cruz do Sul (RS), no Vale do Rio Pardo, maior polo de produção e beneficiamento de tabaco do mundo. Inicialmente como Sindicato da Indústria do Fumo, a entidade ampliou sua atuação ao longo dos anos e, desde 2010, passou a abranger todo o território nacional, exceto Bahia, Rio de Janeiro e São Paulo. Com 14 empresas associadas, as ações da entidade se concentram especialmente na Região Sul do País, onde 94% do tabaco brasileiro é produzido, com o envolvimento de 626 mil pessoas no meio rural, em 509 municípios. | www.sinditabaco.com.br