Plataforma, que começa a operar mais de dois meses antes do previsto, tem capacidade para produzir 180 mil barris de óleo por dia e aumentará em 31% a capacidade instalada no campo de Mero.
O navio-plataforma Alexandre de Gusmão iniciou no dia 24 de maio (sábado ), suas operações no campo de Mero, bloco de Libra, na Bacia de Santos, mais de dois meses antes do previsto no plano de negócios, marcando mais um importante avanço para a produção no pré-sal brasileiro. A unidade, do tipo FPSO (unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência), representa um marco significativo no desenvolvimento do campo.
A plataforma, afretada pela Petrobras, operadora do consórcio, junto à SBM Offshore por 22,5 anos, tem capacidade para produzir 180 mil barris de óleo por dia, além de comprimir e reinjetar 12 milhões de m³ de gás diários. Com sua entrada em operação, a capacidade de produção instalada será ampliada para 770 mil barris diários, um aumento de 31%.
Doze poços estarão conectados à plataforma, interligados por meio de uma robusta infraestrutura submarina. Desses, cinco são produtores de óleo, seis injetores de água ou gás alternadamente, e um poço conversível, que atuará inicialmente como produtor de óleo e posteriormente como injetor de gás. Com o objetivo de maximizar a produção e reduzir riscos, seus poços estão equipados com recursos para a produção e injeção em intervalos previamente selecionados que podem ser alterados remotamente, pela plataforma, tecnologia conhecida como completação inteligente.
O FPSO Alexandre de Gusmão é a quinta plataforma no campo, juntando-se às unidades Pioneiro de Libra, Guanabara, Sepetiba e Marechal Duque de Caxias.
—Desde 2022, a cada ano iniciamos a operação de um grande sistema de produção no campo de Mero. Isso comprova a capacidade de realização de nossas equipes, bem como a relevância e qualidade deste ativo no cenário mundial —afirma a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia Anjos.
A plataforma está equipada com recursos para operar futuramente o HISEP (High Pressure Separator), tecnologia patenteada pela Petrobras, atualmente em qualificação, que permite a separação submarina entre o petróleo extraído e o gás associado rico em CO₂, que é reinjetado diretamente no reservatório.
—A entrada em operação de mais um FPSO é estratégica e representa o esforço da companhia em antecipar as entregas dos novos sistemas de produção, de forma sustentável e inovadora, contribuindo de forma decisiva para os resultados da Petrobras —disse a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Renata Baruzzi.
As operações do campo unitizado de Mero são conduzidas pelo consórcio operado pela Petrobras (38,6%), em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA) (3,5%), como gestora do contrato e representante da União na área não contratada.