Governo do Rio de Janeiro avança parceria com a gigante chinesa em investimentos em energia limpa. A iniciativa pode transformar o estado em líder da economia verde. Com potencial para gerar mil empregos durante a construção da primeira fase do projeto.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro deu mais um passo decisivo para consolidar sua posição como destaque nacional em transição energética. Em nova reunião realizada no dia 22 de maio (quinta-feira), no Palácio Guanabara, com executivos da multinacional chinesa Envision Energy, o governador Cláudio Castro (PL) firmou os próximos encaminhamentos de uma parceria estratégica que pode gerar até R$ 5 bilhões em investimentos até 2033 e criar até mil empregos no estado.
A reunião aconteceu um mês após o primeiro encontro com a empresa em Xangai, na China, onde o Governo do Estado apresentou seus diferenciais logísticos, capacidade energética e incentivos fiscais para atrair a instalação da companhia.
— O Rio de Janeiro está preparado para ser destaque global da transição energética. Temos porto, base produtiva, capital humano e vontade política para liderar esse movimento. Não queremos apenas vender commodities, queremos desenvolver aqui a tecnologia e a produção de combustíveis sustentáveis do futuro — afirmou o governador Cláudio Castro (PL).
Durante o encontro, o Estado reiterou o apoio à instalação da planta da Envision no Rio de Janeiro, colocando a estrutura à disposição e organizando uma agenda de reuniões técnicas para tratar de incentivos fiscais, questões tarifárias e permissões ambientais. A proposta inclui a construção de um hub industrial sustentável e de um centro de inovação com parcerias com universidades brasileiras e internacionais.
A Envision Energy, por meio da executiva Bella Zhang, head global de estratégia para SAF —combustível de aviação sustentável—, reforçou o compromisso da empresa em investir no Brasil e escalonar globalmente sua cadeia de valor para combustíveis verdes.
O projeto da Envision no Brasil é parte do desenvolvimento do primeiro Parque Industrial Net-Zero da América Latina, voltado à produção de SAF, hidrogênio verde e amônia verde, com a possibilidade de apoio do BNDES e Finep. A planta fluminense terá papel central nessa cadeia, conectando produção de etanol e biomassa com as demandas crescentes do setor aéreo e marítimo.
— O Brasil e os Estados Unidos já produzem cerca de 80% do etanol do mundo. Agora, o nosso desafio é agregar valor e produzir combustível sustentável em solo fluminense, com tecnologia de ponta, empregos qualificados e impacto global — completou Castro.