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17/05/2025

Liderança Ressonante: quando a conexão emocional gera resultados reais

O mundo do trabalho mudou — e com ele, o perfil da liderança que inspira, engaja e gera resultados sustentáveis. Em um cenário corporativo de incertezas, metas agressivas e crescimento dos casos de esgotamento emocional, não há mais espaço para líderes frios, distantes e voltados apenas à performance técnica.

O que as equipes esperam, hoje, é alguém que compreenda, escute e se conecte de forma genuína. É nesse contexto que a Liderança Ressonante deixa de ser um diferencial competitivo e passa a ser uma urgência nas organizações.

Inspirada nos estudos do psicólogo Daniel Goleman, referência mundial em inteligência emocional, a liderança ressonante se baseia na construção de vínculos positivos, na empatia e na escuta ativa. Líderes que desenvolvem essa abordagem são capazes de gerar estados emocionais positivos em seus liderados, promovendo não só bem-estar, mas também produtividade. Um levantamento publicado pela Harvard Business Review mostra que líderes com alta inteligência emocional formam equipes até 20% mais produtivas e com índices menores de rotatividade, indicando que esse estilo de liderança impacta diretamente nos resultados do negócio.

Ao longo de mais de duas décadas trabalhando com desenvolvimento humano, já testemunhei diversas transformações provocadas por líderes emocionalmente conectados. Equipes que antes operavam no modo automático passaram a colaborar mais, assumir riscos com confiança e buscar objetivos com senso de pertencimento. A chave? Um ambiente de confiança onde o diálogo é seguro, o feedback é construtivo e a escuta é ativa.

O impacto dessa abordagem vai além do engajamento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 15% dos adultos em idade produtiva vivem com algum transtorno mental. Em ambientes corporativos liderados por gestores emocionalmente desconectados, esse número tende a se refletir em queda de produtividade, absenteísmo e aumento do turnover. Por isso, cuidar da saúde emocional dos times deixou de ser uma pauta “do RH” e passou a ser uma agenda estratégica para a liderança.

É importante destacar que a liderança ressonante não depende de talentos inatos — trata-se de uma competência que pode e deve ser desenvolvida. O primeiro passo é o autoconhecimento, que pode ser impulsionado por ferramentas de Assessment, além de práticas diárias de empatia, escuta de qualidade e construção de relacionamentos de confiança. Migrar de um estilo técnico para um estilo mais humano exige coragem e disposição para olhar para dentro. Mas é justamente nesse movimento que reside o verdadeiro crescimento pessoal e organizacional.

Na Thomas Brasil, temos visto esse processo de evolução acontecer com cada vez mais frequência. Ferramentas que avaliam inteligência emocional, engajamento e comportamento vêm sendo adotadas por empresas que entenderam que gente não se “comanda” — se inspira, se escuta e se cuida.

Liderar com empatia é, acima de tudo, um ato de responsabilidade. As empresas que compreendem isso e investem no fortalecimento de suas lideranças estão pavimentando o caminho para culturas mais humanas, inclusivas e resilientes. E, como consequência, constroem resultados mais sólidos e sustentáveis.

Por: Valéria Pimenta, especialista em Análise Comportamental e Diretora de Negócios da Thomas Brasil.