Total de recursos que serão também destinados a projetos para fortalecer a infraestrutura portuária e a indústria de petróleo e gás.
Nacionalmente reconhecido por ter uma indústria naval e portuária forte e competitiva, o estado do Rio de Janeiro terá a infraestrutura desses modais ampliadas após aprovação de 14 projetos pelo Fundo da Marinha Mercante (FMM), administrado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor). Na primeira reunião do ano, ocorrida neste mês de maio, o conselho do FMM validou os pedidos para modernização e ampliação de empreendimentos ligados à extração de petróleo e gás, cujo valor de investimento é superior a R$ 6,6 bilhões.
‘Programa de Renovação e Ampliação da Frota’ da Transpetro — Entre os projetos aprovados está a construção de quatro navios Handy para transporte de derivados claros de petróleo pela Petrobras, no valor de R$1,5 bilhão, com previsão de durar quatro anos e gerar 640 empregos diretos. Esta construção será pelo consórcio formado pelos estaleiros Rio Grande, no Rio Grande do Sul, e Mac Laren, em Niterói (RJ).
O objetivo é ampliar a frota própria da Petrobras e mitigar o risco de aumento de preço por afretamento.
—Esses projetos representam uma nova fase da indústria naval do Rio de Janeiro. O estado é beneficiado não apenas pelos empreendimentos aprovados para execução em seu território, mas pelas diversas embarcações para a indústria de petróleo que serão construídas em outros locais e que vão operar no Rio e em outros estados da região Sudeste. Tudo isso representa geração de emprego e renda para a população, dinamizando a economia e fortalecendo todo o país —ressaltou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.
Outro investimento relevante vem da Green Port, que está construindo um novo dique flutuante e modernizando o estaleiro localizado na Ilha da Conceição (RJ). Avaliado em R$ 242,2 milhões, a obra vai alavancar a capacidade de atendimento técnico da unidade e reduz o tempo de espera para manutenção naval, reforçando a vocação da região para serviços de reparo e modernização de embarcações offshore de médio e grande porte. Estão previstos também 492 empregos diretos durante a execução do projeto.
—Esse é também um plano regional de revitalização econômica, de trabalhar a economia do mar no Rio de Janeiro. São muitos empregos de qualidade nos estaleiros da região e que, depois, vão resultar também em diversas embarcações que vão precisar de marítimos, que vão precisar de outros serviços de apoio para que essas embarcações funcionem —acrescentou o secretário Nacional de Hidrovias e Navegação, Dino Antunes.
Projeto ITG 02: terminal portuário greenfield — Ainda no Rio de Janeiro, a Cedro Participações desenvolve o projeto ITG 02, um terminal portuário greenfield voltado à movimentação de minério de ferro. Com um investimento robusto e o foco na eficiência logística, o terminal contará com infraestrutura completa de cais, pátios, armazéns e sistemas modernos de carga e descarga. A iniciativa terá investimento de R$3,5 bilhões e deve gerar 2.847 empregos diretos e se destaca pela ênfase em sustentabilidade, excelência técnica e viabilidade econômica, o que reafirma o papel do Sudeste como vetor estratégico para o desenvolvimento da infraestrutura portuária e naval brasileira.
Investimentos que vão potencializar a indústria brasileiro —O investimento total aprovado pelo Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM) na última reunião, em maio, foi de R$ 22 bilhões, divididos em 26 projetos ligados à construção de embarcações, reparos, docagens, modernização de unidades existentes, ampliação de estaleiros e novas infraestruturas portuárias. Esse foi o maior volume de recursos aprovados pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM) em uma única reunião do conselho.
Fundo da Marinha Mercante —O FMM é um fundo destinado a prover recursos para o desenvolvimento da Marinha Mercante e da indústria de construção e reparação naval brasileiras.
Ele é administrado pelo Ministério de Portos e Aeroportos, por intermédio do Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante (CDFMM), e tem como agentes financeiros o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Banco da Amazônia e a Caixa Econômica Federal.