O foco é repor as reservas e aumentar a produção nos campos de águas profundas. Mas, também aguarda sinal verde para perfurar seu primeiro poço na bacia da Foz do Amazonas, próximo a Guiana Francesa. E a intenção é iniciar e acelerar a produção no bloco de Aram. Também segue de olho na Margem Equatorial e, Pelotas. Nos próximos cinco anos a empresa tem pelo menos 50 poços previstos para explorar. E a companhia aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares no valor de R$ 11,72 bilhões, equivalente a R$ 0,90916619 por ação.
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse em videoconferência com jornalistas e mercado no dia 13 de maio (terça-feira) que a companhia está determinada a entregar resultados sólidos e pujantes para a sociedade brasileira, ao comentar os resultados do primeiro trimestre de 2025.
—A gestão da Petrobras avalia que queda dos preços do petróleo a US$65 por barril trouxe um cenário desafiador e que exigirá austeridade e controle geral de custos — afirmou a presidente Magda Chambriard,
—Esse cenário desafiador de US$65 por barril exige e vai exigir de nós simplificação de projetos, garantia de boas margens de comercialização dos nossos produtos, significativa redução de custos e muita cooperação entre as diversas áreas da companhia em prol dos melhores resultados possíveis para o nosso negócio—complementa a presidente.
Na noite do dia 12 de maio (segunda-feira), a Petrobras anunciou um lucro líquido de R$ 35 bilhões (US$ 6 bilhões) no primeiro trimestre de 2025.
Segundo a executiva, o lucro seria de US$ 4 bilhões se não houvesse a valorização cambial que adicionou US$ 2 bilhões ao resultado.
—Entregamos um resultado melhor do que ano passado, com um preço do petróleo bem pior. Os resultados financeiros e operacionais evidenciam a capacidade técnica da Petrobras — disse.
Magda acrescentou que o campo de pré-sal de Búzios vai produzir mais do que muito país produtor e talvez chegue a 2 milhões de barris por dia.
—A Petrobras entrega 31% da energia primária consumida no país —afirmou.
Investimentos — Os investimentos da estatal atingiram R$ 23,7 bilhões (US$ 4,1 bilhões), concentrados em projetos do pré-sal nos campos de Búzios e Atapu, no pré-sal da Bacia de Santos, na costa do Rio de Janeiro.
Margem Equatorial — A Petrobras aguarda uma resposta do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ainda esta semana sobre a licença para operar um navio-sonda na Margem Equatorial. Segundo a CEO Magda Chambriard, a empresa está cumprindo todos os requisitos e respeitando a institucionalidade do país. Ela afirmou que, caso a licença não seja emitida, a Petrobras já tem tudo programado para remover a locação.
A companhia está entregando o maior Plano de Emergência Individual já desenvolvido para operações em águas profundas e ultraprofundas no mundo. —É muito difícil imaginar que essa licença não será concedida em uma área tão carente de desenvolvimento — destacou.
A Margem Equatorial é considerada uma importante fronteira exploratória, com um potencial estimado de nove bilhões de barris de petróleo. Mas,, parte dos especialistas alerta para o risco de desequilíbrio ambiental, especialmente nas áreas próximas à Amazônia.
A diretora de Exploração e Produção Sylvia dos Anjos adianta que o plano de negócios da petroleira prevê investimentos de US$ 3 bilhões na perfuração de 15 poços exploratórios na Margem Equatorial. O potencial estimado é de nove bilhões de barris de petróleo, em uma área que se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá.
E, a Petrobras aguarda sinal verde para perfurar seu primeiro poço na bacia da Foz do Amazonas, próximo a Guiana Francesa. E a intenção é iniciar e acelerar a produção no bloco de Aram. Também segue de olho na Margem Equatorial e, Pelotas, — nos próximos cinco anos a empresa tem pelo menos 50 poços previstos para explorar— destaca a CEO.
Dividendos — A Petrobras informa que seu Conselho de Administração (CA), em reunião realizada no dia 12 de maio (segunda-feira), aprovou o pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) intercalares no valor de R$ 11,72 bilhões, equivalente a R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial em circulação, como antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2025, declarada com base no balanço de 31 de março de 2025.
O pagamento proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas vigente, que prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano de negócios em vigor (atualmente US$ 75 bilhões), e observadas as demais condições da Política, a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre. Esta distribuição é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia.
Os proventos serão pagos em duas parcelas nos meses de agosto e setembro de 2025, da seguinte forma.: Valor a ser pago: R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial em circulação, sendo que: (i) a primeira parcela, no valor de R$ 0,45458310 por ação ordinária e preferencial em circulação, será paga em 20 de agosto de 2025, integralmente sob a forma de juros sobre capital próprio.
(ii) a segunda parcela, no valor de R$ 0,45458309 por ação ordinária e preferencial em circulação, será paga em 22 de setembro de 2025, sendo R$ 0,30844749 sob a forma de dividendos e R$ 0,14613560 sob a forma de juros sobre capital próprio.
Data base da posição acionária: dia 02 de junho de 2025 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e record date em 04 de junho de 2025 para os detentores de ADRs negociados na New York Stock Exchange (NYSE). As ações da Petrobras passarão a ser negociadas ex-direitos na B3 a partir de 03 de junho de 2025.
Data de pagamento: para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, o pagamento da primeira parcela será realizado no dia 20 de agosto de 2025 e o da segunda parcela no dia 22 de setembro de 2025. Os detentores de ADRs receberão os pagamentos a partir de 27 de agosto de 2025 e de 29 de setembro de 2025, respectivamente.
A Petrobras adianta que é importante ressaltar que esses proventos serão abatidos da remuneração aos acionistas a ser aprovada na Assembleia Geral Ordinária de 2026 relativa ao exercício de 2025, sendo seus valores reajustados pela taxa Selic desde a data do pagamento de cada parcela até o encerramento do exercício social corrente para fins do cálculo do devido abatimento. A Política de Remuneração aos Acionistas pode ser acessada pelo site da companhia [http://www.petrobras.com.br/ri].