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10/05/2025

Grupo Energisa registra lucro líquido consolidado de R$ 1,03 bilhões no 1T25

O Grupo Energisa registrou lucro líquido consolidado de R$ 1.026,7 milhões e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, sigla em inglês) de R$ 2.297,0 milhões no primeiro trimestre de 2025. Estes resultados representam uma queda de 9,5% e 5,2% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, respectivamente, em função de mercado cativo e livre com menor crescimento nas distribuidoras, e ao menor efeito tarifário em 2024.

O resultado foi compensado com maior disciplina no gerenciamento de custos controláveis, com redução do PMSO (Pessoal, Material, Serviço e Outros) de 1,1% quando comparado com a inflação de 5,5%.

Outro destaque é a manutenção do nível de investimentos que totalizou R$ 1.327,7 milhões, redução de apenas 0,5% em relação ao mesmo trimestre de 2024, atestando o dinamismo e crescimento das regiões de atuação do Grupo Energisa.

Distribuição de Energia — No primeiro trimestre, o consumo de energia elétrica nas distribuidoras do Grupo Energisa avançou 1,3% frente ao mesmo período de 2024. A taxa de crescimento deste trimestre foi atenuada pela base alta de comparação do primeiro trimestre de 2024, que cresceu 11,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, sendo a maior taxa em 21 anos, influenciado pelos efeitos do El Niño e ondas de calor. No primeiro trimestre de 2025, a temperatura seguiu acima da média histórica, principalmente no Sudeste, porém abaixo do observado no primeiro trimestre de 2024, reduzindo assim a necessidade de resfriamento e menor grau de irrigação das lavouras.

O destaque de crescimento nas vendas de energia elétrica foi a classe industrial, que apresentou evolução de 3,5%, motivado por novas cargas e aumento da produção. A alta foi disseminada entre os segmentos industriais, com destaque para a produção de alimentos, minerais e borracha, em linha com o observado nos indicadores do IBGE. A classe residencial também contribuiu para expansão do consumo com evolução de 3,0% no trimestre.

Entre as nove concessões do Grupo, sete apresentaram aumento do consumo, em especial a Energisa Paraíba – EPB (+4,5%), Energisa Minas-Rio – EMR (4,5%) e Energisa Sergipe – ESE (3,7%), com o residencial ditando a alta. Nas três empresas, a indústria também registrou avanço, em especial na ESE (óleo & gás e alimentos), bem como o consumo comercial, em especial a cadeia de alimentos.

As distribuidoras do Grupo permanecem com resultados consistentes nos indicadores de qualidade (DEC/FEC), apresentando desempenho melhor que os limites regulatórios em todas as concessões. Destaque para Energisa Acre (EAC) e Energisa Sergipe (ESE), que alcançaram os melhores indicadores de DEC e FEC da série histórica. Destaque também para a Energisa Tocantins (ETO) com melhor indicador DEC da série histórica e as concessões de Energisa Rondônia (ERO) e Energisa Sul Sudeste (ESS) com melhor indicar FEC da série histórica.

Os resultados refletem a alocação eficiente de capital em projetos que trazem melhoria da resiliência de redes e de planos de manutenção assertivos, para a entrega de energia de qualidade para todos os clientes, mesmo em um cenário de intensificação dos eventos climáticos severos. O segmento de distribuição absorveu 87,3% do total de investimentos do Grupo Energisa totalizando R$ 1.158,8 milhões. O segmento de distribuição de energia elétrica contribuiu com R$ 2.072,7 milhões no Ebitda e R$ 981,3 milhões no lucro líquido.

Transmissão — Em transmissão, seguimos avançando com o processo de licenciamento ambiental com protocolo em fevereiro da documentação para solicitação da Licença Prévia (LP) da Energisa Transmissora Maranhão. Este projeto tem investimento estimado de R$ 938 milhões e prazo máximo de conclusão estabelecido pela Aneel de junho 2030. Em março de 2025, foram concluídas as atividades de montagem eletromecânica das Subestações Tarumã e Lechuga, na Transmissora Energisa Amazonas.

O Ebitda regulatório do segmento de transmissão evoluiu 16,4% para a marca de R$ 159,8 milhões no trimestre e o lucro líquido regulatório no trimestre foi de R$ 11,7 milhões.

(re)energisa — No segmento de geração distribuída, no primeiro trimestre de 2025 não houve alteração do portfólio, mantendo 117 usinas solares (UFV´s) em operação e 441 MWp de potência instalada. O Ebitda deste segmento reduziu 12,8% no trimestre, totalizando R$ 43,2 milhões após ajustes na política comercial da companhia.

Na comercialização de energia, as vendas de energia cresceram 73,2% no trimestre, justificado pelo esforço na prospecção de novos clientes na modalidade varejista e pelas movimentações estratégicas de trading. O faturamento deste segmento cresceu 117,7% e totalizou R$ 319,7 milhões.

Distribuição de gás natural —A ES Gás apresentou margem bruta de R$ 57,5 milhões, redução de 9,6% (R$ 6,1 milhões) em relação ao mesmo trimestre de 2024, impactada por efeitos não recorrentes de menor faturamento de gás de ultrapassagem e pela sazonalidade da demanda nos setores de siderurgia e mineração.

A empresa encerrou o primeiro trimestre de 2025 com um total de 86.231 unidades consumidoras, um incremento de 5,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O resultado reflete a continuidade do plano de aceleração do negócio, com esforços para expandir a base de clientes e fortalecer a presença no mercado.

Em 17 de abril, a ES Gás, protocolou junto à ARSP a proposta de Plano de Negócios para o segundo ciclo tarifário regulatório (2025–2030), o primeiro após sua privatização. O plano prevê investimentos de até R$ 1 bilhão, com foco na expansão do gás natural no Espírito Santo, baseado nos pilares de descarbonização, segurança energética, competitividade e desenvolvimento do mercado com interiorização novas redes e adensamento de clientes em áreas com redes existentes. A proposta está alinhada as intenções do plano de investimentos longo prazo do Grupo Energisa, mas sua execução depende de aprovações regulatórias, societárias e condições de mercado.

Na Norgás, sociedade na qual a Companhia detém participação acionária indireta nas distribuidoras estaduais de gás natural dos estados de Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Ceará e cuja aquisição foi realizada em novembro de 2024, o somatório da Ebitda destas concessões, atingiu o valor de R$ 112,5 milhões no primeiro trimestre de 2025 e representou crescimento de 12,5%. O desempenho positivo foi impulsionado principalmente pela Copergás e Algás que apresentaram redução das despesas operacionais.