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09/05/2025

Para Firjan, mesmo com o avanço da indústria em março, a confiança segue abalada

E pressiona a agenda de estabilidade fiscal.

Segundo a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, a confiança do empresário industrial está no menor nível desde 2020, decorrente da combinação de um ambiente interno e externo marcado por incertezas.

Após cinco meses de fraco desempenho, a produção industrial nacional avançou 1,2% em março de 2025. No entanto, a indústria encerrou o primeiro trimestre praticamente estável (+0,1%) em relação ao trimestre imediatamente anterior, evidenciando a fragilidade da atividade industrial. —Embora fatores pontuais possam ter influenciado esse desempenho, ele ocorre em um contexto de manutenção dos juros em patamar elevado, o que restringe o crédito, encarece os investimentos e limita a produção —aponta a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

A combinação de um ambiente interno e externo marcado por incertezas tem contribuído para a queda da confiança do empresário industrial, que atingiu o menor nível desde 2020. No cenário doméstico, o aumento contínuo das despesas obrigatórias amplia a percepção de risco fiscal, pressiona o câmbio e eleva os custos para a indústria. No cenário internacional, tensões comerciais e disputas tarifárias intensificam a instabilidade, dificultando a tomada de decisões empresariais e comprometendo investimentos.

—Diante desse contexto, a Firjan reforça que a consolidação fiscal é elemento central para a recuperação da confiança e da capacidade de investimento no país. Sem isso, será difícil reduzir a percepção de risco, o que mantém os juros elevados e limita a retomada da atividade —afirma o economista-chefe da federação, Jonathas Goulart.