Desempenho reforça a solidez operacional da companhia, que avança com novas aquisições e gestão ativa do portfólio.
A Iguatemi S.A. [B3: IGTI11], uma das maiores companhias full service do setor, com participação em 14 shopping centers, dois premium outlets, quatro torres comerciais, além do e-commerce Iguatemi 365 e das lojas operadas pela i-Retail, manteve o bom desempenho no primeiro trimestre de 2025, registrando crescimento em seus principais índices operacionais e financeiros. Nos primeiros três meses do ano, atingiu R$ 5,0 bilhões em vendas totais, com crescimento de 17,0% em relação ao primeiro trimestre de 2024, impulsionado pelo fortalecimento contínuo do portfólio e refletindo em uma expansão de market share no setor. Desde 2019, a participação da Iguatemi no segmento saltou de 7,4% para 10,7%, um avanço de 3,3 pontos percentuais (p.p.), equivalente a cerca de 45%.
O lucro líquido ajustado atingiu R$ 113,9 milhões no primeiro trimestre de 2025, 5,1% acima do mesmo período do ano anterior, com margem líquida ajustada de 34,5%. O FFO ajustado foi de R$ 138,5 milhões, impactado por despesas financeiras maiores decorrente do cenário macroeconômico de juros e despesas financeiras relacionadas à aquisição do RioSul, representando uma queda de 9,9% sobre os primeiros três meses de 2024 e margem FFO ajustada de 42,0%. A alavancagem da Iguatemi encerrou o trimestre em 1,76x dívida líquida/Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, sigla em inglês) ajustado, com melhora de 0,07x frente ao quarto trimestre de 204.
A receita bruta totalizou R$ 371,4 milhões no trimestre, alta de 8,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita líquida ajustada somou R$ 330 milhões, expansão de 8,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024. O Ebitda ajustado consolidado foi de R$ 244,3 milhões 8,5% acima do primeiro trimestre de 2024, com margem Ebitda ajustada de 74,0%, mantendo sua eficiência operacional. A receita de aluguel, composta por aluguel mínimo, aluguel percentual (overage) e locações temporárias, expandiu 5,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024, representando 74,4% da receita bruta de shoppings.
—O resultado reflete uma estratégia consistente, com foco em experiência, curadoria de marcas e fortalecimento da conexão com o consumidor— afirma Guido Oliveira, CFO da Iguatemi S.A. No trimestre, as vendas mesmas áreas (SAS) subiram 7,6%, e as vendas mesmas lojas (SSS), 6,3%, ambas acima da inflação, reforçando a resiliência do portfólio. O crescimento das vendas também impulsionou o aluguel percentual, que avançou 19,5% em relação ao primeiro trimestre de 2024.
A trajetória sustentável de alta nas vendas, aliada à efetividade da estratégia comercial, também impulsionou a performance dos aluguéis. No primeiro trimestre de 2025, os aluguéis mesmas lojas (SSR) ampliaram 5,39% e os aluguéis mesmas áreas (SAR) cresceram 2,64%, ambos com ganhos reais acima da inflação. O leasing spread positivo, de 8,9% no trimestre, contribuiu para esse desempenho.
A Iguatemi atingiu taxa média de ocupação de 96,6%, um dos maiores patamares já registrados em um primeiro trimestre e 2,5 p.p. acima do primeiro trimestre de 2024 — avanço ainda mais relevante considerando a sazonalidade do período. O resultado reflete o trabalho estratégico e coerente de qualificação do mix dos empreendimentos, preparando o terreno para novas inaugurações nos próximos meses, H&M e Alo Yoga, reforçando a atratividade dos ativos e a constante renovação do portfólio.
Já o custo de ocupação continua em queda, com redução de 0,7 ponto porcentual na comparação anual, favorecendo a rentabilidade dos lojistas e fortalecendo a atratividade dos ativos da empresa dentro dos negócios dos nossos parceiros. A inadimplência líquida atingiu 1,4%, o menor nível para primeiros trimestres dos últimos dez anos, mesmo em um período tradicionalmente mais desafiador.
Iguatemi impulsiona consolidação em São Paulo, chega na Avenida Paulista e consolida gestão ativa do portfólio — Como evento subsequente, a Iguatemi deu um importante passo estratégico ao anunciar, em abril, a conclusão da aquisição de participações nos shoppings Pátio Paulista e Pátio Higienópolis. Com o fechamento, a Companhia soma 17,4% à sua fatia do Higienópolis, atingindo 29% do ativo, e passa a deter 11,5% do Paulista, fortalecendo sua presença em dois dos empreendimentos mais prestigiados do Brasil e consolidando sua atuação na cidade de São Paulo — principal centro econômico da América Latina.
O movimento também marca a entrada na icônica Avenida Paulista, ampliando a representatividade de seu portfólio em um dos maiores polos comerciais e socioculturais do país. A transação, viabilizada por meio de um consórcio de investidores e co-proprietários, envolve um investimento direto de R$ 700 milhões por parte da Iguatemi, representando um cap rate inicial de 7,4% sobre o NOI projetado para 2025 e uma TIR real estimada em 11,8%.
Complementando a estratégia de otimização de ativos, também anunciou a assinatura de um Memorando de Entendimento vinculante para a venda de participação minoritária de 49% do Shopping Market Place, Edifício Market Place Towers e Galleria Shopping, em Campinas. A operação, no valor de R$ 500 milhões, reforça sua disciplina financeira, possibilitando a realocação de capital para ativos com maior potencial de valorização e crescimento. Alinhada à estratégia de fortalecimento nos mercados prioritários, essa movimentação contribui para a eficiência da alocação de recursos, preserva a capacidade de investimento em novos projetos e fortalece o relacionamento com lojistas e parceiros estratégicos.
Para os próximos meses, a empresa segue confiante na entrega do seu guidance —Fechamos o primeiro trimestre de 2025 com consistência, apresentando ampliação de 6,6% na receita líquida e margem Ebitda de 80,2% na unidade de shoppings, além de 74,0% no consolidado. Esse desempenho reforça nossa solidez financeira e operacional, mesmo em um trimestre impactado pela sazonalidade do setor— destaca Guido Oliveira. O executivo também ressalta que os resultados ainda não refletem os efeitos das recentes aquisições com a entrada nos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista. —Estamos otimistas com 2025, pois seguimos fortalecendo a performance dos nossos ativos, sempre com foco na geração de valor sustentável —finaliza Guido.