Região apresentou segundo maior aumento percentual dos negócios farmacêuticos da empresa no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
A divisão farmacêutica da Bayer anunciou no dia 06 de maio (terça-feira), em seu evento anual para imprensa da América Latina, os resultados de sua estratégia de crescimento e como pretende impactar positivamente a vida de 30 milhões de pacientes este ano na região. O evento destacou temas prioritários para a companhia, como o cenário da hemofilia na região, inovações que estão moldando o presente e o futuro do tratamento do câncer de próstata, de doenças cardiorrenais, oftalmológicas e pneumológicas e dos cuidados com a saúde da mulher — áreas para as quais a companhia está destinando esforços para levar soluções para necessidades muitas vezes não atendidas.
—Fechamos o ano passado com vendas de € 825 milhões, crescimento de 10,8% em relação ao ano anterior. Isso significa que percentualmente a América Latina cresceu mais do que o triplo do crescimento global da divisão Farmacêutica em 2024, que foi de 3% —destaca Adib Jacob, presidente da divisão Farmacêutica da Bayer para o Brasil e América Latina. O executivo ainda complementa que esta é uma curva ascendente: —estamos focados para que esse aumento de dois dígitos seja sustentável e se repita nos próximos anos—.
Dentre os fatores que levaram a esse resultado, estão uma estratégia com foco em marcas prioritárias e o contínuo esforço em ampliar o acesso de cada vez mais pacientes ao portfólio da companhia, seja via sistema privado ou público de saúde.
Foram mais de 75 lançamentos nos últimos três anos, considerando novas moléculas e indicações nos mais de 30 países que integram a região e, atualmente, há mais de 85 pesquisas clínicas em andamento, muitas delas para pacientes tratados via sistema público. —Há alguns anos a nossa região deixou de ser coadjuvante e temos trabalhado duro para que nossos pacientes tenham acesso o mais breve possível ao que há de mais novo no tratamento de diversas doenças. Em 2019, o Brasil foi o segundo país do mundo, por exemplo, a lançar a darolutamida, medicamento para tratamento de câncer de próstata — o mais prevalente entre os homens. Hoje, é um blockbuster global e teve vendas de mais de € 53 milhões em 2024 na América Latina, impactando milhares de pacientes em nossa região— reforça Jacob.
Outro exemplo é o recente lançamento do aflibercepte oito miligramas medicamento indicado para o tratamento de doenças da retina, como o Edema Macula Diabético (EMD) e Doença Macular Relacionada à Idade (DMRI), e que tem potencial de melhorar a jornada dos pacientes, aumentando o espaçamento entre as aplicações durante o tratamento, proporcionando intervalos de até 20 semanas. —O aflibercepte 8 mg foi aprovado e lançado quase simultaneamente na Europa, México, Brasil e Argentina no segundo semestre do ano passado, sendo que em alguns países, como no Brasil, já está incorporado ao sistema privado de saúde — ou seja, caso haja indicação médica, pacientes com plano de saúde têm acesso garantido ao tratamento. E não paramos por aqui, já estamos trabalhando para a incorporação no SUS, para que todos os brasileiros possam ter acesso gratuito à essa moderna medicação—diz o executivo.
O reflexo desse trabalho de ampliação do acesso é o equilíbrio recém-conquistado entre as vendas para o mercado retail —aquelas feitas diretamente ao paciente — e para o mercado institucional — no qual a fonte pagadora são instituições, sejam elas plano de saúde privado, Governo, clínicas, hospitais, entre outras. —Quando um medicamento é incorporado ao sistema privado e/ou público, quem ganha é o paciente, que passa a poder contar com uma opção moderna; a classe médica, que tem uma nova opção para prescrever ao seu paciente; o próprio sistema de saúde, pois há uma negociação de preço; além da indústria, que pode reinvestir em Pesquisa e Desenvolvimento para que novas drogas sejam descobertas— ressalta.
Ampliando as possibilidades de tratamento —Dentro da estratégia de crescimento sustentável, destacam-se moléculas-chave como a já mencionada darolutamida, aprovada e comercializada para o tratamento do câncer de próstata, e a finerenona, cuja indicação já foi aprovada para a Doença Renal Crônica (DRD) associada ao Diabetes, abrindo novas perspectivas no tratamento rim-coração.
Câncer de próstata —A incidência global do câncer de próstata deve dobrar até 2040². Os números devem saltar de 1,4 milhão, registrados em 2020, para 2,9 milhões, de acordo com uma pesquisa publicada na revista The Lancet. Atualmente, a Bayer tem investido significativamente em pesquisas com a molécula darolutamida, que já conta com duas indicações aprovadas: para câncer de próstata metastático hormônio-sensível (estudo Arasens) e para câncer de próstata não-metastático resistente à castração (estudo Aramis).
Mais recentemente, foi divulgado o estudo Aranote, que apresenta uma terceira indicação, atualmente em análise pelos órgãos regulatórios dos principais países da América Latina, com expectativa de aprovação nos próximos 12 a 18 meses. —De todos os pacientes com esta condição, cerca de 40% são diagnosticados com a forma metastática hormônio-sensível. Desses, cerca de 80% a 90% recebem terapia dupla, ou seja, essa é a parcela de pacientes que se beneficiaria com essa nova indicação —explica Eli Lakryc, vice-presidente da Área Médica da divisão Farmacêutica da Bayer no Brasil e na América Latina.
Além disso, foi divulgado o estudo PEACE III, que investigou o uso isolado do inibidor de testosterona combinado ao dicloreto de rádio-223 em pacientes com câncer de próstata com metástases ósseas. O estudo mostrou que esses pacientes apresentaram uma redução de 31% no risco de progressão da doença e uma sobrevida média de 42,3 meses. —Para o paciente que enfrenta a doença nesse estágio, a possibilidade de viver mais momentos de qualidade ao lado de seus amigos e familiares representa uma transformação significativa, possibilitando vivenciar experiências que farão toda a diferença— ressalta Lakryc.
Cardiorrenal —Em 2023, a companhia lançou na América Latina a molécula finerenona voltada ao tratamento da Doença Renal do Diabetes (DRD). No mundo, aproximadamente 40% dos pacientes com diabetes tipo 2 (DM2) desenvolverão DRD, ou seja, mais de 160 milhões de pessoas4. Desses, estima-se que 11,5 milhões estão na América Latina5. Caso não tratada, a DRD implica em dois desfechos: transplante renal ou hemodiálise.
—Há uma conexão direta entre rins e coração que, muitas vezes, é desconhecida pela população. Pacientes com DRD e DM2, por exemplo, têm três vezes mais chances de morrer de causa cardiovascular do que aqueles que têm apenas DM2. A nova indicação de finerenona vem para endereçar esse ponto e suprir mais uma necessidade médica não atendida —ressalta o vice-presidente Médico.
O estudo Finearts, divulgado no final do ano passado, demonstrou eficácia da molécula no tratamento da insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada, que é um dos tipos de mais difícil diagnóstico, mas que vem crescendo muito devido aos fatores de risco, que são obesidade, sedentarismo, entre outros, e que, há anos, não tem novidades terapêuticas.
—Assim como para o câncer de próstata, estamos com uma linha de pesquisa muito interessante para insuficiência cardíaca, tanto com novas indicações de tratamentos já lançados, como é o caso da finerenona, quanto com novas moléculas, incluindo terapia gênica já em fase II —conclui.
Além da contracepção —Com mais de seis décadas de tradição e pioneirismo, a Bayer é referência global em saúde feminina, mantendo o compromisso de oferecer soluções que acompanham a mulher em todas as fases da vida — da primeira escolha contraceptiva até a menopausa. A empresa foi responsável por um marco na história da sociedade ao ser a primeira a comercializar a pílula anticoncepcional e, desde então, tem expandido continuamente seu portfólio e seu impacto social nessa área.
Entendendo que as necessidades das mulheres mudam ao longo da vida, a Bayer atua com uma abordagem ampla e integrada, oferecendo métodos contraceptivos modernos, tratamentos para condições ginecológicas e soluções inovadoras para o alívio dos sintomas da menopausa. Essa atuação faz parte de um compromisso global de promover o acesso à saúde e ao planejamento familiar, com a meta de impactar positivamente a vida de 100 milhões de mulheres até 2030 com métodos contraceptivos de longa duração, os DIUS hormonais6. Até o momento, mais de nove milhões de mulheres na América Latina de países de baixa e média renda foram impactadas por intervenções apoiadas pela Bayer pensando nesse compromisso.
Um dos exemplos mais emblemáticos dessa trajetória é o levonorgestrel 52 mg, contraceptivo intrauterino hormonal de longa ação que completa 25 anos em 2025. Mesmo após décadas, o produto segue sendo referência nos cuidados com a saúde da mulher como uma solução que vai além da contracepção: diversos estudos têm sido publicados sobre sua aplicação para o tratamento do Sangramento Uterino Anormal (SUA) e para o tratamento de reposição hormonal para mulheres na menopausa.
Além da liderança atuando com métodos contraceptivos de longo prazo e seus usos para questões que ultrapassam a contracepção, a Bayer permanece investindo na saúde da mulher e aguarda a aprovação da molécula não-hormonal elinzanetant para o tratamento de sintomas vasomotores, como as ondas de calor e em distúrbios do sono, durante a menopausa. A expectativa é de que o FDA (Food and Drug Administration), órgão regulador dos Estados Unidos, seja o primeiro a aprovar seu uso nos próximos meses. A empresa também já submeteu a solução à aprovação regulatória em outros países do mundo, incluindo na América Latina.
Ciência que transforma cada vez mais vidas —Nos últimos cinco anos, a Bayer tem apostado em um pipeline cada vez mais inovador, não apenas com novas moléculas, mas com estudos promissores para novas indicações de moléculas já comercializadas.
Cada vez mais, a empresa tem atuado de maneira colaborativa dentro do ecossistema de saúde, seja por meio de pesquisas próprias, pela aquisição de moléculas ou empresas ou em parceria com outras companhias.
Hoje são cerca de 30 projetos de pesquisa em andamento, sendo que cerca de 40% do pipeline é dedicado à Oncologia e 30% à área Cardiorrenal. —Sabemos que as doenças cardiovasculares e o câncer são os maiores responsáveis pela mortalidade da população global, não à toa direcionamos grande parte dos nossos esforços a essas áreas onde podemos fazer a diferença na vida dos nossos pacientes—reforça Lakryc.
Além disso, aproximadamente 20% do pipeline é composto por terapia celular e gênica, consideradas a vanguarda da ciência. —Já temos estudos em fase II para Doença de Parkinson e Insuficiência Cardíaca Congestiva com terapia gênica, e também temos outros, em Fase I, dedicados principalmente a doenças raras ou neurológicas. Estamos muito otimistas com nosso pipeline promissor —finaliza o médico.
Bayer — A Bayer é uma empresa global com competências essenciais nas áreas de ciências da vida, cuidados com a saúde e nutrição. Em linha com sua missão, “Saúde para todos, Fome para ninguém”, os produtos e serviços da empresa são projetados para ajudar as pessoas e o planeta a prosperar, apoiando os esforços para dominar os principais desafios apresentados por uma população global crescente e envelhecida. A Bayer está comprometida em promover o desenvolvimento sustentável e gerar um impacto positivo com seus negócios. Ao mesmo tempo, o Grupo visa aumentar seu poder de ganho e criar valor por meio de inovação e crescimento. A marca Bayer é sinônimo de confiança, confiabilidade e qualidade em todo o mundo. No ano fiscal de 2024, o Grupo empregou cerca de 93 mil pessoas e teve vendas de 46,6 bilhões de euros. As despesas com P&D totalizaram 6,2 bilhões de euros. | https://www.bayer.com.br/pt