O varejo em 2025 estará inserido em um contexto de transformações profundas, impulsionado pela digitalização, mudanças no comportamento do consumidor e avanços tecnológicos. Empresas que desejam se destacar deverão adotar estratégias ágeis, focadas em inovação e alinhadas a um mercado mais competitivo e exigente.
A seguir, destaco as principais tendências e desafios que moldarão o setor varejista em 2025: Consumidor hiper conectado e foco na experiência — Em 2025, o consumidor estará mais conectado e exigirá experiências únicas, rápidas e fluídas: Hyperpersonalização em tempo real: Inteligência artificial (IA) e machine learning serão usados para criar ofertas hiperpersonalizadas, adaptadas ao comportamento do cliente em cada etapa da jornada.
Lojas sensoriais: Ambientes que integram realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR) para oferecer experiências interativas e emocionais.
Assistentes virtuais avançados: Chatbots e assistentes por voz com IA, capazes de oferecer recomendações quase humanas.
Sustentabilidade elevada ao nível de necessidade — A sustentabilidade será uma das maiores exigências do consumidor, com foco em: Produtos regenerativos: Além de sustentáveis, marcas buscarão impactar positivamente o meio ambiente, como linhas de produtos que sequestram carbono ou utilizam plásticos retirados do oceano.
Logística verde: Implementação de cadeias de suprimentos neutras em carbono, incluindo entregas last mile por veículos elétricos ou drones.
Economia circular digitalizada: Sistemas integrados que permitem ao consumidor rastrear o ciclo de vida de um produto, incentivando o reaproveitamento ou reciclagem.
Tecnologia como pilar estratégico — A tecnologia continuará a redefinir o varejo: Metaverso no varejo: Espaços de compra virtual onde consumidores podem explorar e adquirir produtos enquanto interagem em comunidades virtuais.
Pagamentos invisíveis: Checkout automatizado sem fricção, utilizando sensores e IA para identificar e debitar os itens adquiridos.
Blockchain para rastreabilidade: Garantia de origem e autenticidade de produtos, especialmente em setores como moda e alimentos.
Elevação das lojas físicas — As lojas físicas não desaparecerão, mas seu papel será reinventado: “Phygital”: Integração perfeita do físico com o digital: Exemplo disso são os provadores inteligentes que recomendam produtos baseados no histórico de compras online.
Hub logístico e showroom: Lojas que funcionam como centros de experiência, enquanto também suportam a logística de última milha.
Design inclusivo: Espaços que atendem a diferentes grupos demográficos e são projetados para melhorar a acessibilidade e a experiência.
Prevenção de Perdas 4.0 — Com um cenário mais digital, as perdas no varejo serão tratadas com abordagens integradas: Prevenção integrada por IoT: Sensores em tempo real que identificam possíveis furtos ou perdas operacionais antes que ocorram.
Cyber Loss Prevention: Proteger dados sensíveis de consumidores e operações contra-ataques cibernéticos.
Indicadores baseados em blockchain: Auditorias em tempo real para rastrear perdas e melhorar a governança operacional.
Logística reimaginada e otimizada — O consumidor exigirá prazos de entrega cada vez menores e maior precisão:
Entregas por drones e robôs: Avanços em tecnologias autônomas prometem reduzir custos e tempos de entrega.
Micro fulfillment centers: Armazéns automatizados mais próximos do consumidor final para atender rapidamente a demandas locais.
Estoques preditivos: Utilizando IA, as empresas podem prever padrões de demanda e minimizar rupturas ou excessos.
Governança e transparência — Com a complexidade das operações e maior regulamentação, a governança será essencial:
Equidade como estratégia competitiva: Programas que promovem diversidade na liderança e na cadeia de valor.
Conexão com comunidades: Iniciativas para fortalecer laços locais e criar impacto social positivo.
Liderança baseada em propósito: CEOs e líderes que colocam valores éticos no centro de suas decisões estratégicas.
Ecommerce potencializado pelo Social Commerce — Shoppable livestreams: Vendas ao vivo integradas a plataformas como Instagram e TikTok, transformando entretenimento em conversão.
Influenciadores como parceiros estratégicos: Colaborações profundas para criar linhas exclusivas ou campanhas baseadas na experiência de usuário.
Realidade aumentada no mobile: Provas virtuais de roupas, maquiagem e móveis via aplicativos.
O varejo de 2025 será definido por sua capacidade de inovação, adaptação às novas tecnologias e foco nas expectativas dos consumidores. Empresas que investirem em transformação digital, sustentabilidade e experiências significativas prosperarão.
A preparação para este futuro exige ações agora, como capacitação de equipes, revisão de processos e adoção de tecnologias emergentes. Os varejos definitivamente deixarão de ser analógicos ou simplesmente deixarão de existir.
• Por: Anderson Ozawa, CEO da AOzawa Consultoria, especialista em governança Operacional e Corporativa, palestrante, consultor, professor da FIA Business School e autor do livro “Pentágono de Perdas: Transformando Perdas em Lucros”.| Aozawa Consultoria, fundada em 2013 pelo professor Anderson Ozawa, a Aozawa Consultoria atua com o objetivo de auxiliar na proteção e aumento dos lucros nas empresas. Ela oferece consultoria, assessoria e serviços para gestão de prevenção de perdas, eficiência operacional, tecnologia, inovação e desenvolvimento humano, com foco de atuação no varejo, em todos os seus segmentos. | www.aozawaconsultoria.com.br